Ronaldo estava andando na roça pois era la onde morava no sertão mais então ele viu e um campo ,havia grandes círculos de pessoas com roupas longas, brancas, parecidas com camisolões. Algumas dessas pessoas portavam tochas, as restantes foices, enxadas e machados.
Após um longo silêncio ouviu-se finalmente uma voz alta dando a ordem:
- Matem os que tiverem luzes!
Em seguida, os armados lançaram-se sobre os que traziam tochas, que nem fizeram menção de fugir, nem de se defender, apenas continuaram parados em silêncio.
Começara uma terrível carnificina, no entanto nada se podia ouvir a não ser o tremendo ruído surdo perto e longe, sempre repetido, causado pela penetração dos machados e enxadas nos corpos dos indefesos.
Uns após outros, as tochas foram sendo apagadas no sangue de seus portadores e a escuridão se espalhou.
Ronaldo não se lembra direito do que aconteceu mais ele se lembra de ter continuado sozinho (talvez como última pessoa?) entre todos os assassinos.
Depois disso ele levantou a vista para o céu e pôde divisar na escuridão uma corda, a qual estendia-se obliquamente pelo campo todo e na qual estava pendurada uma figura humana em posição de cruz.
Ronaldo acrescentou que não pode dizer com segurança se a figura estava apenas presa nessa corda oblíqua ou se se tratava de dois pedaços de corda separados, cada um amarrando o punho esquerdo e o direito da figura, de modo que a própria figura estivesse como parte de ligação. Como a Ronaldo assegura, estava muito escuro para se verificar isso.
Por : Adrian Arthur Carvalho Stoco
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